Paraíso (Ray) 2016


Os eventos de Paradise começam em 1942, em França. A aristocrata Olga (Julia Vysotskaya) é presa por participar na resistência, abrigando judeus na sua residência. Ela é levada para Jules (Philippe Duqesne), chefe de polícia reconhecido por ser um dos maiores colaboracionistas da região. Encantado pela beleza da mulher, Jules acaba por firmar um acordo com ela, que não chega a ser efectivado. Olga acaba por ser enviada para o campo de concentração comandado pelo oficial da SS Helmut (Kristian Clauss), um devoto nazi que acredita na superioridade da raça ariana.
Paradise mantém uma linearidade intercalada com um tipo de candid interview que envolve os três principais personagens. Eles posicionam-se de frente para o público, narrando parte das passagens que assistimos previamente. O realizador utiliza técnicas que dão um tom refinado às ‘entrevistas’: os jump cuts em filmes de celulóide com efeitos de grão e sobreexposição deixam claro que elas tem relação direta com o título do filme. O drama do Holocausto é transmitido através de chocantes cenas que evidenciam disputas internas entre os próprios confinados dos campos de concentração (desesperados por comida, roupas e cigarros). A visão alemã sobre o estado da sociedade é alvo de uma ótima conversa entre Helmut e seu chefe, Henrich Himmler, que abrem muito campo para análises secundárias – que passam desde o andamento da guerra até a própria engrenagem por trás da Solução Final.
Legendas em inglês.

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